O Cocô do Cavalo do Bandido
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Você leria um livro com esse título? A princípio nada me atrairia, a não ser o inusitado. Tenho atração pelo diferente. Não gosto de coisas convencionais. Hoje, larguei o computador e peguei o livro. (uma das únicas desvantagens da telinha é o tempo que rouba das minhas leituras). Se tem coisa de que gosto é cheiro de livro. Sinto um prazer imenso. Pois não é que eu me encontrei lá dentro do livro? E o devorei, até a última linha. O livro é pura poesia. Narrado com uma leveza e nos carrega, ao menos a mim, para um mundo de magia que nos confunde entre a ficção e a realidade. O autor trata de temas do cotidiano, como os conflitos da adolescência e da relação pais e filhos, juntando, de forma inteligente, a prosa e a poesia. Eu, como sou apaixonada por poesia e também tenho filhos adolescentes, mergulhei na história e saí de lá aliviada. Puxa vida, não acontece apenas comigo, foi esse o sentimento. Estive há pouco tempo com Celso Sisto, o autor da obra. Contador de histórias( ou seria estórias? ) , encanta à primeira vista. Celso disse:"Eu conto histórias para não deixar morrer os meus sonhos". E como conta bem!!! "Paixão, conflitos instigantes, personagens bem delineados, boa estrutura narrativa, linguagem bem construída, possibilidade de ler nas entrelinhas, não ser moralista, didático, cativar o ouvinte, suscitar o prazer", são alguns dos elementos citados por ele para se escolher um bom texto pra contar. E o Celso deixa a gente hipnotizada na história que conta. Quanto a essa que li, recomendo. A internet é fantástica. Acho que se lê muito aqui na telinha, mas o LIVRO é insubstituível. É preciso segurá-lo, acariciá-lo, lentamente, sem pressa, como num ato de amor.Como diz Rubem Alves, "Ler é fazer amor com as palavras"!
Um comentário:
Caríssima Marli...
Acabei de ler o comentário que você fez do meu livro "O cocô do cavalo do bandido". Puxa, que legal saber que o livro está exercendo o poder de fazer as pessoas se encontrarem (e se encantarem, por que não?). Eu escrevo sempre com todos os sentidos, e claro, com o coração na mão também. Esse livro é meu primeiro romance juvenil, gênero que considero um desafio enorme, já que a maior parte da minha obra é infantil (São 26 livros, no total!). Eu, particularmente acho os livros juvenis todos muito parecidos, e cheios de modismos. Eu queria escrever algo que retratasse, de algum modo, minha paixão pela poesia (note, que não estou dizendo necessariamente "pelo poema")e que a "colhesse" no cotidiano de um jovem, que é o que acontece com o meu personagem Raul, no livro. Foi muito gratificante escrever o livro, sofrer com o Raul, ficar pensando onde tudo isso poderia dar... Mas no fim das contas, o leitor é que faz a obra. Obrigado por suas palavras. E parabéns por seu trabalho!
Um grande abraço,
Celso Sisto
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