17 abril 2007

Sobre o entusiasmo


Autoria ainda desconhecida

A palavra entusiasmo vem do grego e significa: "Ter um deus dentro de si".
Os gregos eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses. A pessoa entusiasmada era aquela que era possuída por um dos deuses e por causa disso poderia transformar a natureza e fazer as coisas acontecerem. Assim se você fosse entusiasmado por Ceres (deusa da Agricultura), você seria capaz de fazer acontecer a melhor colheita, e assim por diante. Segundo os gregos, só pessoas entusiasmadas eram capazes de vencer os desafios do cotidiano. Era preciso, portanto, entusiasmar-se.

Assim o entusiasmo é diferente do otimismo. Otimismo significa eu acreditar que uma coisa vai dar certo. Talvez até torcer para que ela dê certo. Muita gente confunde otimismo com entusiasmo. No mundo de hoje é preciso ser entusiasmado. A pessoa entusiasmada é aquela que acredita na sua capacidade de transformar as coisas, de fazer dar certo.

Entusiasmada é a pessoa que acredita em si. Acredita nos outros. Acredita na força que as pessoas têm de transformar o mundo e a própria realidade. E só há uma maneira de ser entusiasmado. É agir entusiasticamente! Se formos esperar ter as condições ideais primeiro, para depois nos entusiasmarmos, jamais nos entusiasmaremos com coisa alguma, pois sempre teremos razões para não nos entusiasmarmos.

Não é o sucesso que traz o entusiasmo, é o entusiasmo que traz o sucesso. Conheço pessoas que ficam esperando as condições melhorarem, a vida melhorar, o sucesso chegar, para depois se entusiasmarem. A verdade é que jamais se entusiasmarão com coisa alguma. O entusiasmo é que traz a nova visão da vida.

01 abril 2007

Um artigo oportuno para refletir


SOS Educação!

SOFIA CAVEDON/ Vereadora de Porto Alegre (PT)

Tornaram-se cotidianas neste início de ano letivo as manifestações de pais, alunos, professores e funcionários tomando ruas, abraçando as escolas, paralisando aulas. Suas reivindicações? Singelas e básicas: professores para dar aulas, merendeiras para preparar os alimentos, verbas para folhas, troca de lâmpadas, material de limpeza. O prejuízo já se pode contabilizar: alunos com períodos reduzidos ou há um mês sem aulas e mal alimentados, professores desmotivados com a superlotação de turmas e o improviso constante de atendimento, bibliotecas fechadas e ausência de apoio dos setores como supervisão e orientação escolar. Por outro lado, os novos alunos do Ensino Fundamental, tanto de seis quanto os de sete anos na primeira série, estão enfrentando toda a sorte de insegurança: ou os pais seguem peregrinando de escola em escola pois não existem vagas ou a escola designada exige ônibus pela distância ou ainda está matriculada mas não chegou a professora! Os funcionários de limpeza e da cozinha simplesmente foram retirados! As novas direções das escolas estaduais eleitas no final do ano passado passaram janeiro e fevereiro limpando e organizando elas próprias, com os parcos recursos, a fim de bem receber os alunos no início do ano! Acrescente-se a este quadro os assaltos e violência contra as escolas e teremos que reconhecer que a Educação estadual passa pela maior crise já vivida! E será que tudo pode ser explicado pelo "ajuste" que a anunciada crise do Estado exige? Mesmo que assim fosse, desde 1º de janeiro já deveria ter sido construída com cada direção de escola a reorganização necessária para o início do ano letivo. Não dá para aceitar que a Secretaria afirme em final de março que o problema é que os professores estão mal lotados! Nem que as previsões não estivessem prontas pelo governo anterior e que uma boa transição não tenha sido feita de um governo para o outro. O ex-secretário da Educação deve muita explicação sobre os quatro meses de recursos não repassados, sobre a absoluta falta de preparo da rede para o ingresso aos seis anos, sobre o abandono da estrutura física das escolas e tantas outras omissões. O que estamos assistindo, na verdade, é mais um descaso com a educação! É talvez a necessidade de estabelecer o caos para rebaixar as exigências! Tanto no velho quanto no novo jeito de governar a educação de fato não é prioridade!
Fonte: Zero Hora